quarta-feira, 7 de janeiro de 2015


kairós

 “para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo do céu” (Eclesiastes 3.1).

Compreendo a espera como preparo do “momento oportuno”.


O homem moderno emprega apenas uma palavra para dar significado ao tempo. 
Mas os gregos da Antiguidade usavam duas: khronos e kairós.

A primeira, khronos,
 refere-se ao tempo cronológico e sequencial, aquele marcado pelo sol e pela lua, pelo dia e pela noite, pela mudança das estações e pela época das colheitas. É o tempo que se mede e que hoje contamos em nossos relógios, celulares e computadores.
A segunda palavra, kairós, 
 tinha para os gregos o significado de “momento certo” 
ou “momento oportuno”. 
É uma ocasião indeterminada no tempo em que algo especial acontece.
 A palavra é usada em teologia para descrever o “tempo
de Deus”. 
Não é um tempo quantitativo, como khronos. 
Não pode ser medido porque é um tempo diferente. 

Khronos, o tempo dos homens.
Kairós, o tempo de Deus.

 “Mas há uma coisa de que não vos deveis esquecer: um dia diante do
Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia” (II Pedro 3.8).

 “O entendimento de Deus não é o nosso entendimento. E o que
acontecerá e como terminará não cabe a nós saber. Somente na promessa do que há de vir podemos prosperar”.

Precisamos acreditar nas promessas de Deus enquanto esperamos por Sua graça. O que cabe a nós é crer em Suas palavras e ampararmos nossa fé. Recolhermo-nos na oração é a melhor forma de nos fortalecer enquanto o nosso Kairós não vem.

Tão importante quanto entender o amor de Deus é entender o tempo de Deus. Só assim conseguiremos controlar nossas ansiedades e cultivar nossa paciência. 

Quem compreende o Kairós alcança o Ágape. Porque Deus sabe o momento certo de nos abençoar com Sua graça.




Nenhum comentário:

Postar um comentário